No post anterior eu falei sobre a linguagem LOGO. Vou aproveitar e falar agora sobre a filosofia construcionista que está por trás desta linguagem.
Seymour Papert, como já citado, simpatizava com as obras de Piaget e sua filosofia construtivista. Piaget afirmava que o aprendizado do indivíduo se dava conforme sua interação com o ambiente. Os estímulos externos do meio sobre o indivíduo permitiam a elaboração e construção de conhecimentos cada vez mais elaborados. Piaget afirmava que o indivíduo não possui inteligência inata, mas que ao mesmo tempo também não é passivo à influência do meio. Desta forma, Piaget diz que não existe uma verdade absoluta, e que o conhecimento adquirido pelo indivíduo depende do modo que este se relaciona com o meio e responde aos seus estímulos. Ainda, o modo como o indivíduo percebe o meio é determinado por suas experiências, resultado das relações que estabelece com este meio.
Piaget elaborou o princípio de equilibração, que afirma que o indivíduo adquire novos conhecimentos de duas formas, pela assimilação e pela acomodação. Citando o texto da wikipedia, " No primeiro caso aquilo com que se entra em contato é assimilado por um esquema já existente que então se amplia, no segundo, o dado novo é incompatível com os esquemas já formulados e então se cria um novo esquema acomodando este novo conhecimento. Este novo esquema será então ampliado na medida em que o indivíduo estabelecer relações com seu meio".
O construcionismo elaborado por Papert parte desta filosofia construtivista, e foca no aprendizado dos indivíduos, com destaque às crianças, utilizando recursos computacionais que estimulem este aprendizado. Estes recursos devem estimular a criança a elaborar a construção dos conceitos por conta própria. A criança faz uso de recursos e ferramentas concretas e se baseia na sua percepção de mundo para construir estes conceitos, motivo pelo qual alguns conceitos são mais complexos para uns que para outros. Papert afirma que a utilização de materiais palpáveis permite uma maior experimentação por parte da criança, permitindo a exploração da criatividade e intuição. O professor neste enfoque tem o papel de facilitador.
Em resumo, Papert afirma que a relação do indivíduo com o meio deve ser feito de forma concreta, ou seja, no campo material, com ferramentas e recursos palpáveis, permitindo desta forma a construção de conhecimento mais elaborado e sem imposição do professor, pelo contrário, auxiliado por ele.
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